10 jul, 2010

O consultório médico e a adaptação de lentes de contato

10 jul, 2010

O trabalho de adaptação de lentes de contato num consultório médico, envolve uma série de fatores que vão determinar o sucesso do procedimento, assim como a satisfação do cliente atendido.

 

Desta forma, gostaria de realizar uma rápida análise das condições comportamentais que envolvem a relação do paciente com o médico e a equipe da clínica, relações estas que irão determinar as ações, reações e percepções do paciente.

Analisando este processo dinâmico de interação dos três elementos a partir do momento em que o paciente chega até a clínica, observa-se que ainda na recepção, muito antes de chegar até o médico, uma possível vontade ou motivação para o uso de lentes pode ser frustrado já neste instante.

Presenciei muitas vezes, pacientes que enquanto a recepcionista estava fazendo sua ficha, faziam perguntas sobre lentes de contato do tipo:

 

–          Estou pensando em usar lentes de contato, será que é bom?

 

–          Minha amiga adaptou lentes de contado com o doutor, será que vai dar certo pra mim?

 

–          Tenho medo de usar lentes de contato, será que é perigoso?

 

–          Estou pensando em usar lentes coloridas com grau, será que no meu caso vai dar?

 

–          O outro médico me falou que no meu caso não dá pra adaptar lentes de contato, será que é verdade? Eu queria tanto.

 

Em qualquer uma das situações acima descritas a falta de preparo das recepcionistas pode ser fatal, pois no caso de respostas mal colocadas, incorretas ou inconvenientes, pode-se já neste início comprometer o processo e predispor o cliente negativamente em relação as lentes.

 

Em uma próxima etapa, o cliente fica frente a frente com o médico, onde neste caso basicamente de forma resumida temos duas possibilidades:

 

a)O paciente toma a iniciativa de dizer que gostaria de usar lentes de contato ou pede informações sobre o assunto

 

b) O médico após avaliação do caso, informa ao paciente que entre as opções para a correção da ametropia, existem as lentes de contato.

 

A partir desta etapa, o paciente tem a possibilidade de ouvir do médico, as informações necessárias para leva-lo a decisão de realizar o teste de lentes de contato.

 

Entramos então em uma nova etapa, onde o paciente estará com a assistente do médico que lhe orientará quanto as técnicas básicas no manuseio das lentes.

 

Este é um momento que tem grande influência sobre a decisão final do paciente sobre o uso ou não de lentes de contato, uma vez que é comum durante o teste surgirem dúvidas e/ou dificuldades em relação ao manuseio da lente, ou sensações provocadas pela presença da lente no olho.

 

Márcia R. F. Campiolo   –    agosto/2002

 

 

 

Uma assistente mal preparada pode levar a desmotivação do paciente para o uso das lentes.

 

Elas precisam ter o preparo e controle necessários para transmitir ao paciente segurança, tranqüilidade e profissionalismo, gerando no paciente uma percepção positiva em relação ao uso das lentes de contato.

 

É comum durante o teste o paciente achar que:

 

·         não conseguirá manusear adequadamente a lentes

 

·         que não terá de manhã tempo suficiente para colocar as lentes

 

·         que a percepção da presença da lente no olho é muito incômoda

 

·         que será muito trabalhoso cuidar das lentes

 

·         etc

 

Um outro aspecto a ser lembrado é o fato de que com o advento das novas lentes bifocais e progressivas, aumentou muito o contingente de pacientes com faixa etária mais elevada que passaram a interessar-se pelo uso de lentes de contato.

 

Estes pacientes possuem características muito próprias e muitas vezes impõem uma série de dificuldades para o manuseio das lentes. Uma delas, e o fato da dificuldade visual para perto, visão esta necessária para o manuseio das lentes de contato.

 

O óculos para perto se torna assim, um acessório importante nestes casos, mas acrescenta um elemento a mais ao ritual do manuseio da lente.

 

Diante do exposto, uma postura de tranqüilidade e otimismo das assistentes, são de grande importância uma vez que dificuldades iniciais com o manuseio não são incomuns, e que também muito freqüentemente estas dificuldades são superadas.

 

É comum observamos usuários de lentes de contato comentarem suas dificuldades iniciais e compará-las a sua agilidade e destreza atuais.

 

Podemos concluir, que a equipe de assistentes que trabalham com o oftalmologista deve estar muito bem preparada não só tecnicamente em relação as lentes de contato, mas também nas técnicas e habilidades para se lidar com pessoas, uma vez que estas são a matéria prima essencial do trabalho dentro das clínicas.

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1 Comment:

  • A WordPress Commenter julho 24, 2024

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